r_picagli escreveu:
Fernando,
A relação peso/potência da reportagem é a responsável pelo menor consumo de veiculos maiores que o QQ, pois exige menos "pé em baixo" para deslocar o seu peso. Coloque mais uma relação de cambio mais afinada e um mapeamento mais fino para as condições de combustiveis no Brasil e temo resultados como esse.
Posso dizer que o Tiggo (este sim na faixa dos 1300kg) faz 8-9 da cidade e 11-12 na estrada sem muito controle dos 135 CV do motor 2.0.
Contudo a questão do preço e peças de reposição (no caso de carros usados) na mesma faixa de preço do QQ deve ser avaliada.
E, realmente o QQ está chegando agora e seus proprietários precisam se acostumar e definir um estilo de pilotagem que seja mais interessante (para o bolso e para o desempenho) como já aconteceu com o seu 206 e o Fit, onde as montadoras efetuaram as correções em vários pontos destes carros.
Tomo a liberdade de discordar, em partes.
Creio que a relação peso/potencia é apenas mais um dos fatores que contribuem para o consumo. Mas nem de longe deve ser encarado como determinante.
Existem diversos exemplos de carros pesados que são mais economicos que carros leves. As vezes até com a mesma motorização.
Pegue a relação peso/potência de um Palio 1.4. Ela é bem melhor que a do Honda fit com seu motor 1.3 (arredondado para 1.4). No entanto o Palio faz em média uns 12 (temos um na familia). Enquanto o fit, conforme disse anteriormente, consegue uma média de 15Km/L na cidade.
E no caso do Fit, não foi um aprimoramente pois é unânime que a primeira versão (de 2003 à 2005) é a mais econômica. Sendo essa uma das principais queixas dos donos de Fit's novos, onde o novo motor flex acabou com a ótima média de consumo, outrora alcançada.
Dou outro exemplo, tenho parentes com Honda Civic 2008 1.8 automático e Prisma 1.4 2010.
Ambos fazem 11Km/L na cidade. Você vai dizer: "então qual é a vantagem?". Basta analisarmos os carros. Um mais pesado, mais potente, automático (consumo maior que manuais), completo. Enfim, "N" fatores do que em tese seriam "desvantagens", contudo consumindo o mesmo que o carro da GM.
Cito esses exemplos pois, na minha opinião, o fator principal no consumo de um carro é seu projeto (componentes, estudos, regulagens, etc.)
Não existe mágica, mas acredito que algumas montadoras possuem receitas melhores que das outras.
Torço muito para que seja o caso da Chery, para que seus carros tenham bons projetos e consequentemente bons níveis de consumo.