Olá a todos! Meu nome é Marcos, sou de Salvador-BA e vou relatar aqui as minhas primeiras impressões sobre o Chery Celer Hatch 2015, modelo nacional e com a frente remodelada
Minha esposa adquiriu recentemente, agora em DEZ/15, um Chery Celer Hatch 1.5, na versão Look e na cor branca. Por R$35.990 foi o melhor carro que encontramos e a relação custoXbenefício parecia ser excelente! Como opcionais ela instalou o protetor de cárter (item necessário para rodar nas esburacadas ruas de Salvador-BA) e o alarme original, para evitar a perda da garantia caso algum instalador fizesse alguma gambiarra. O nosso parâmetro de comparação era o carro anterior que ela tinha e que foi roubado: um JAC J3 Hatch 1.4 16V
Pois bem, já rodamos 1.000Km com ele!! Acho que já dá pra fornecer as primeiras impressões
CONSUMO DE COMBÚSTIVEL
Os dois primeiros tanques de combustível foram rodados no álcool (R$2,84/L contra R$3,85/L da gasolina, dá pra economizar uns R$50,00 de um pra outro) e os 50L duravam em média uma semana e isso rodando pouco e por trajetos curtos (em média 6 à 8Km/dia). Acho que ele estava fazendo uma média de 5 ou 6Km/L no álcool ainda com o motor amaciando. Consumo ruim, desempenho bom: boas respostas do motor e os 113cv aparecem muito bem rodando no álcool.
O terceiro tanque já enchemos com gasolina e a autonomia melhorou consideravelmente, leve piora no desempenho, mas nada que os 107cv não desse conta no uso urbano. Deve estar fazendo entre 8 e 9Km/L na gasolina ainda amaciando o motor.
ACABAMENTO INTERNO
Plástico pra todos os lados, mas nada que o desabone! O carro anterior era um JAC J3 e o acabamento também era repleto de plásticos. Painel com desenho atraente, comandos bem situados e legíveis, alavanca de câmbio com boa pegada, demais controles em posição acessível. Peca no travamento manual das portas, vc tem de apertar um botão na porta do motorista, ele não trava as portas automaticamente. Tecido dos bancos regular, espuma firme com contornos laterais que se seguram bem o corpo.
CARROCERIA
Apesar dos 1.200Kg de peso (um Chevrolet Prisma 1.4 tem 1.410Kg e ninguém critica!) a carroceria passa uma impressão de solidez, de bom aço empregado nas chapas, não deixa aquela impressão de lataria "casca de ovo" dos VW atuais na linha Gol e Voyage. Portas largas que facilitam o acesso para entrar e sair do veículo sem serem demasiadamente pesadas, pecam pelas maçanetas externas, estas sim muito duras de serem manipuladas, beirando um aparato rústico mesmo. Aquele mecanismo que tem perto das dobradiças parecendo uma coroa dentada já existia nos antigos Ford Del Rey e Belina!! Como é que se usa isso em um carro em 2015!!?? Ponto positivo para a chamada "célula de segurança", a armadura de metal que reforça o habitáculo dos passageiros.
SUSPENSÃO
Aqui a porca torce o nariz e o rabo!!! Erraram feio ao instalar um conjunto de molas e amortecedores absolutamente subdimensionados para as condições de rodagem das ruas e estradas brasileiras. O carro literalmente raspa o protetor de cárter ao descer de lombadas e quebra molas de maior porte e altura, mas raspa mesmo, dando aquela batida seca na torre dos amortecedores dianteiros (que são os que mais sofrem!). Seria necessário que a Chery do Brasil admitisse a falha e convocasse um recall geral para esse modelo para substituir o conjunto mola-amortecedor por outro mais forte e melhor dimensionado.
MOTOR
O ACTECO 1.5L 16V até agora não decepcionou não! Em comparação ao carro anterior (um JAC J3) ele é um pouco mais ruidoso, vibra mais e é menos elástico, mas é igualmente valente em baixa ou alta rotação.Esperamos que ele fique mais redondo e mais econômico ao completar o seu ciclo de amaciamento. Ponto positivo para a bateria de 60AMP já da marca Heliar e tampa do cabeçote em metal (no JAC era de plástico). Mesmo sem a tecnologia VVT da JAC, ele dá conta do recado. Se foi "clonado" de algum projeto da Mitsubishi não sabemos ao certo, mas funciona bem.
RODAGEM
Já vem com pneus Pirelli Cinturato P1 em boa medida, rodam bem e são melhores do que a marca original Champiro que equipa o JAC J3. Na versão Look ele vem com calotas de plástico que não são daquele modelo aparafusado nas rodas, ou seja, podem ser arrancadas e roubadas numa boa!
CONFORTO INTERNO
Mais amplo, alto e espaçoso que o JAC J3, sem dúvidas! Não oferece bancos de couro, mas não fazem lá grande falta. O tecido de revestimento dos bancos é simplório, mas a espuma segura bem o corpo. Ar-condicionado um pouco fraco, demora um pouco pra resfriar o habitáculo interno, ainda mais em dias quentes como os que temos aqui em Salvador. Sistema de som original Chery bom mas com alto-falantes fracos, de pouca potência. No JAC J3 eram seis alto-falantes de boa medida que propiciavam uma bela saída de som. Antena interna do sistema de som embutida, prejudica a recepção do rádio várias vezes, oscilando ruídos, chiados e diminuição do volume.
PORTA-MALAS
Amplo espaço, embora o acesso seja meio alto, já veio com iluminação. Os bancos são rebatíveis desde o assento, o que amplia ainda mais a capacidade do porta-malas. Pneu reserva na mesma medida que os demais, ladeado por pedaços de isopor que geram ruído. A forração do assoalho é que meio chinfrim, com uma cobertura meio frágil
CONCLUSÃO
Até a presente data que escrevo este relato, o Chery Celer Hatch Nacional 1.5 16V ainda representa uma boa opção de compra, apesar dos detalhes que precisam ser melhorados para concorrer de frente com os carros da mesma categoria de porte, potência e preço.
Minha esposa adquiriu recentemente, agora em DEZ/15, um Chery Celer Hatch 1.5, na versão Look e na cor branca. Por R$35.990 foi o melhor carro que encontramos e a relação custoXbenefício parecia ser excelente! Como opcionais ela instalou o protetor de cárter (item necessário para rodar nas esburacadas ruas de Salvador-BA) e o alarme original, para evitar a perda da garantia caso algum instalador fizesse alguma gambiarra. O nosso parâmetro de comparação era o carro anterior que ela tinha e que foi roubado: um JAC J3 Hatch 1.4 16V
Pois bem, já rodamos 1.000Km com ele!! Acho que já dá pra fornecer as primeiras impressões
CONSUMO DE COMBÚSTIVEL
Os dois primeiros tanques de combustível foram rodados no álcool (R$2,84/L contra R$3,85/L da gasolina, dá pra economizar uns R$50,00 de um pra outro) e os 50L duravam em média uma semana e isso rodando pouco e por trajetos curtos (em média 6 à 8Km/dia). Acho que ele estava fazendo uma média de 5 ou 6Km/L no álcool ainda com o motor amaciando. Consumo ruim, desempenho bom: boas respostas do motor e os 113cv aparecem muito bem rodando no álcool.
O terceiro tanque já enchemos com gasolina e a autonomia melhorou consideravelmente, leve piora no desempenho, mas nada que os 107cv não desse conta no uso urbano. Deve estar fazendo entre 8 e 9Km/L na gasolina ainda amaciando o motor.
ACABAMENTO INTERNO
Plástico pra todos os lados, mas nada que o desabone! O carro anterior era um JAC J3 e o acabamento também era repleto de plásticos. Painel com desenho atraente, comandos bem situados e legíveis, alavanca de câmbio com boa pegada, demais controles em posição acessível. Peca no travamento manual das portas, vc tem de apertar um botão na porta do motorista, ele não trava as portas automaticamente. Tecido dos bancos regular, espuma firme com contornos laterais que se seguram bem o corpo.
CARROCERIA
Apesar dos 1.200Kg de peso (um Chevrolet Prisma 1.4 tem 1.410Kg e ninguém critica!) a carroceria passa uma impressão de solidez, de bom aço empregado nas chapas, não deixa aquela impressão de lataria "casca de ovo" dos VW atuais na linha Gol e Voyage. Portas largas que facilitam o acesso para entrar e sair do veículo sem serem demasiadamente pesadas, pecam pelas maçanetas externas, estas sim muito duras de serem manipuladas, beirando um aparato rústico mesmo. Aquele mecanismo que tem perto das dobradiças parecendo uma coroa dentada já existia nos antigos Ford Del Rey e Belina!! Como é que se usa isso em um carro em 2015!!?? Ponto positivo para a chamada "célula de segurança", a armadura de metal que reforça o habitáculo dos passageiros.
SUSPENSÃO
Aqui a porca torce o nariz e o rabo!!! Erraram feio ao instalar um conjunto de molas e amortecedores absolutamente subdimensionados para as condições de rodagem das ruas e estradas brasileiras. O carro literalmente raspa o protetor de cárter ao descer de lombadas e quebra molas de maior porte e altura, mas raspa mesmo, dando aquela batida seca na torre dos amortecedores dianteiros (que são os que mais sofrem!). Seria necessário que a Chery do Brasil admitisse a falha e convocasse um recall geral para esse modelo para substituir o conjunto mola-amortecedor por outro mais forte e melhor dimensionado.
MOTOR
O ACTECO 1.5L 16V até agora não decepcionou não! Em comparação ao carro anterior (um JAC J3) ele é um pouco mais ruidoso, vibra mais e é menos elástico, mas é igualmente valente em baixa ou alta rotação.Esperamos que ele fique mais redondo e mais econômico ao completar o seu ciclo de amaciamento. Ponto positivo para a bateria de 60AMP já da marca Heliar e tampa do cabeçote em metal (no JAC era de plástico). Mesmo sem a tecnologia VVT da JAC, ele dá conta do recado. Se foi "clonado" de algum projeto da Mitsubishi não sabemos ao certo, mas funciona bem.
RODAGEM
Já vem com pneus Pirelli Cinturato P1 em boa medida, rodam bem e são melhores do que a marca original Champiro que equipa o JAC J3. Na versão Look ele vem com calotas de plástico que não são daquele modelo aparafusado nas rodas, ou seja, podem ser arrancadas e roubadas numa boa!
CONFORTO INTERNO
Mais amplo, alto e espaçoso que o JAC J3, sem dúvidas! Não oferece bancos de couro, mas não fazem lá grande falta. O tecido de revestimento dos bancos é simplório, mas a espuma segura bem o corpo. Ar-condicionado um pouco fraco, demora um pouco pra resfriar o habitáculo interno, ainda mais em dias quentes como os que temos aqui em Salvador. Sistema de som original Chery bom mas com alto-falantes fracos, de pouca potência. No JAC J3 eram seis alto-falantes de boa medida que propiciavam uma bela saída de som. Antena interna do sistema de som embutida, prejudica a recepção do rádio várias vezes, oscilando ruídos, chiados e diminuição do volume.
PORTA-MALAS
Amplo espaço, embora o acesso seja meio alto, já veio com iluminação. Os bancos são rebatíveis desde o assento, o que amplia ainda mais a capacidade do porta-malas. Pneu reserva na mesma medida que os demais, ladeado por pedaços de isopor que geram ruído. A forração do assoalho é que meio chinfrim, com uma cobertura meio frágil
CONCLUSÃO
Até a presente data que escrevo este relato, o Chery Celer Hatch Nacional 1.5 16V ainda representa uma boa opção de compra, apesar dos detalhes que precisam ser melhorados para concorrer de frente com os carros da mesma categoria de porte, potência e preço.