Quando a Chery chinesa vai assumir a Chery do Brasil?

Por um motivo ou outro, a Venko não conseguiu dar conta do recado como representante exclusiva da Chery. As reclamações são muitas, desde atraso na entrega, a falta de peças, desinteresse do SAC e indiferença geral fazem com que os compradores se sintam desamparados. Ao mesmo tempo uma garantia sem flexibilidade alguma toma ares de camisa de força, ou seja eles não consertam e nem deixam consertar.

Sabemos que a matriz chinesa vai assumir os negócios da Chery do Brasil, entretanto seria necessário que o fizesse antes que a imagem da Chery ficasse totalmente desgastada e que ao assumir desse uma aliviada nas condições da garantia aos abnegados que se mantiveram fieis até nos piores momentos, poderia ser um alongamento da garantia, como fez a TATA na Índia ou um bônus qualquer e pelo menos o direito de mandar consertar fora sem perda da garantia, quando as autorizadas não conseguirem peças num tempo razoável.
Uma boa idéia seria dar algum prêmio como incentivo aos colegas que descobrem meios de aperfeiçoar os carros como o QQ.
Que vos parece?

Campini,

A Venko tinha como CEO um pessoa que veio de MKT, o que se reflete nas declarações que estão no youtube quando da promoção da REPRESENTAÇÃO da Chery no Brasil. Na época já tínhamos deficiência no atendimento por falta de um treinamento mais rigoroso, fazendo com que pelo menos os funcionários tivessem um mesmo discurso, e isso continua .... (até quando, Chery ?)

Agora com o projeto da fábrica seguindo em ritmo acelerado para poder abonar o IPI, creio que os limites operacionais (e/ou financeiros !!!) da VENKO foram alcançados e não vejo os Chineses com uma visão de MKT mais forte no intuíto de fortalecer a marca e sim com um objetivo mais voltado à fábrica (na China, basta outdoors dizendo que é uma empresa estatal já é o suficiente para levar os chineses às lojas pois o mercado está aquecido e com viés comprador).

Realmente, como já registrei por aqui, acho que faltou a Chery (BR e CH) uma dose de audácia (e cara de pau) como da JAC e um pouco de hombridade para manter o compromisso firmado com clientes e os possíveis clientes registrados na voz do seu CEO.

Após a troca no controle da Chery Brasil (sim, isso já ocorreu), o twitter está parado a mais de mês e os carros nas lojas são 2011/2012 com a estratégia de manter os preços ainda pré-IPI. Lançamentos estão atrasados, seja por estoque alto, seja por falta de coragem de trazer pequenas novidades a um preço fora da curva (IPI).

Só isso não fará com que a Chery venha a ser um destaque, mas ai fico com uma dúvida : será que já não chegaram no limite da capacidade ?

Seja na importação de carros e peças, seja lojística, seja em falta de costume no mercado competitivo (às vezes, feroz), seja na capacidade operacional no todo, alguma coisa impede a Chery de efetuar uma divulgação mais forte com consequente aquecimento nas vendas e, claro, solicitação de atendimento.

Com mais de 3 anos no mercado, as peças de desgaste e as de reposição ainda tem um índice de nacionalização baixo, impedindo a concorrência neste setor. (falta de interesse nos fabricantes nacionais em uma empresa nova ? )

A liberação de informações sobre os projetos dos carros tem um ritmo lento e, tanto a quantidade como o perfil dos clientes da Chery (na média, não entusiastas ou boyzinhos), não geram interesse em tuning ou correções de ajustes que se mostram impróprios para o perfil do CLIENTE BRASILEIRO (para mim é o costume do brasileiro em carros 8v e suspensão mais firme que tem gerado o maior volume de discussões).

Eu tenho total consciência de que comprei um veículo com uma relação custo x benefício mais interessante para mim que para a montadora e sei dos limites tanto do projeto, como da M.O. de fabricação e peças utilizadas (nada diferente das peças de reposição de carros nacionais no mercado fora das css).

Meu dilema está com as CSS que tem perfil de outras montadoras e da falta de mais pressão da Chery em GARANTIR que os produtos tenham condições de serem corrigidos de forma a não afugentar os clientes.

Suas sujestões são interessantes, porém esticar a garantia para a as CSS digam que o problema foi na condução/cuidado do veículo e esquivar da responsabilidade fica meio inócuo, prefiro maior clareza nas condições desta garantia e seu fiel cumprimento por parte das CSS.

Já quanto a melhorar a divulgação de especificações e a produção de peças por fornecedores locais, concordo em genero, número e grau, pois montar a fábrica para DEPOIS negociar a fabricação das peças pode ser um fator de atraso desnecessário.

Eu tenho registrado com a Chery Brasil vários detalhes (de baixo custo) que poderiam agregar valor ao produto, mas vejo a Chery envolvida em problemas mais básicos (serviço) que melhorar o produto.

Vem aí a Feira do Automóvel onde farei, novamente, minhas críticas diretamente aos postos mais altos (uma das poucas oportunidades de contatá-los olho no olho), se quiserem me premiar por minhas críticas construtivas tudo bem, mas prefiro que resolvam os pontos-motivos de minhas sugestões.

abraço,

Alguém de São Paulo, que eventualmente que possa conferir in loco, sabe dizer como anda a construção da fábrica da Chery em Jacareí? Acompanhando pela imprensa só temos informações muito genéricas e defasadas.

Essa questão da não existência de componentes de reposição nacionais também é intrigante, após vários anos de mercado. Pelo cronograma divulgado pela própria Chery, um S18 nacional estará no mercado daqui 24 meses. Considerando esse prazo, a cadeia de fornecedores já deveria estar sendo montada e, como nenhum componente é inédito, muitas peças poderiam estar no mercado de reposição. Pelo menos as mais utilizadas (amortecedores, palhetas, filtros, pneus...).

O valor do investimento anunciado (US$ 400 milhões) me parece muito pequeno para atingir a produção anunciada, mais de 100mil veículos/ano. Me parece que a idéia inicial da Chery era apenas montar CKDs (veículos completos da China, mas desmontados). Com a nova política automotiva é claro que isso ficou inviável, tornando necessária a montagem de uma cadeia de fornecedores. Comparando, apenas para ampliar sua fábrica aqui no RS (Gravataí), que monta o Celta e o Prisma, a GM investiu cerca de US$ 2 bilhões. Uso este exemplo por ser uma operação similar à prevista pela Chery, com fornecedores terceirizados entregando montados quase todos os componentes do carro. Motores e transmissões da GM vem de SP, assim como no caso da Chery deverão vir da China.

A necessidade de melhora na prestação de serviços é fundamental. E isso não é só nas CSS, mas também no pós-venda da Chery. A marca precisa se espelhar na JAC, que além do mkt ousado tem um controle muito forte sobre as CSS, além de adaptar os veículos às condições brasileiras.

Vamos torcer para o gigante acordar!

Bem observado Alex!

Se a Chery não consegue gerenciar o pós venda quanto mais a logística para chegar a um índice de nacionalização de 65% em sua produção de carros no Brasil.

Já postei uma reflexão em outro tópico (https://cherybrasil.forumeiros.com/t1308-hoje-eu-vi-hyundai-do-tamanho-de-um-qq ) sobre o que penso da filosofia da empresa.
Mas com relação a alguns comentários:
- O valor de US$ 400 milhões, pelo que entendi nas matérias, está relacionado a linha de crédito dada pelo BNDES e que a Chery investiria um valor a mais (não lembro o número) do próprio cofre.
- A intenção é uma construção em conjunto com várias outras empresas do ramo automobilístico, numa espécie de "pool", tanto nacionais, quanto internacionais. Isso já estaria sendo realizado pelos executivos chineses.
- A intenção maior é a exportação para toda a America Latina, por isso acredito na meta de 65%, não em 2013, mas em meados/final de 2014.

Vamos esperar pra ver...

Como disse, é minha interpretação de algumas matérias que eu já li (algumas já postadas aqui em outros tópicos).

A JAC tem controle forte pois detem 100% das CSS nas maos.

Mas nem detendo a maior parte das CSS, a JAC deixou de fechar muitas recentemente. Aqui em Porto Alegre eram 3 e ficou só uma.

É mesmo? fechou 2 JAC ai na Capital? Mas a oficina continua normal?

Ainda tem uma CSS funcionando, bem grande. As outras duas não eram do Sergio Habib (importador oficual JAC). Uma, inclusive, que ficava na avenida onde moro retornou a sua condição anterior: revenda multimarcas de usados, com show-room de 30m2 (isso mesmo, trinta), sem oficina e pátio aberto. Era o momento de exaltação à JAC em 2011.

Quantas chery tem em Porto Alegre Alex?