Bem, vamos lá. Após minha fracassada peregrinação em busca de um bom usado de baixa KM e na faixa de preço de R$ 40.000, desisti e fui na Chery daqui da minha cidade. Já tinha acertado a ida antes. Achei a concessionária ainda muito amadora. Não passa confiança. A proposta de compra de um carro zero é preenchida, a mão, na mesma proposta do carro usado, onde o vendedor risca com uma caneta todas as palavras relacionadas a carro usado na proposta.
Quando questionei, ele disse que não tinha folha proposta de carro zero, pois tinha acabado. Fomos ao test drive. Foram eu e mais três adultos no carro, abastecido com gasolina. Achei o carro bem durinho, justo. Andei numa rua com piso irregular. Sente-se bem as irregularidades. Mas isso dá a impressão de que o carro possui uma suspensão resistente, adaptada às nossas ruas. Andou dentro do esperado. Força só encontrei quando elevava o giro na faixa das 3.000 RPM. Abaixo disso o motor não tem arrancada. Coisas de 16V. Achei que o barulho do motor invade a cabine com frequência.
Basta elevar um pouco o giro. Agora, a lástima fica por conta da ré. O carro perde força na ré. Morre fácil. Acho desnecessário uma relação longa para essa marcha. Coisas da China! Talvez por lá se aposte corridas de costas. No interior, o plástico parece um pouco frágil de textura empobrecida. A pestana que recobre o velocímetro e conta giros não é integrada ao painel e parece aparafusada lá. Quando a gente segura ela, tem-se a impressão de que ela pode quebrar caso seja forçada. Os mostradores não são feios, mas simples, de uma cor (laranja) e, se apagados à luz do dia, ficam difíceis de serem enxergados.
O rádio até que é legalzinho, mas não mexi muito. Encontrei, à primeira vista, dificuldade em fazer alguns ajustes, mas isso é questão de tempo. A serigrafia das manoplas não possuem muita definição, mas dá pra ler. Tudo em inglês. O estofamento é confortável e durinho. Parece que aguenta o tranco. Gostei do console central. Tem um porta trecos entre os dois bancos que serve de lixeirinha. O freio é bom. Não precisei afundar o pé pra frear. Direção hidráulica de leveza comparável aos compactos nacionais que temos. Freio de mão de pouco custo (acho isso legal).
Porta malas precisa bater um pouco mais para fechar, mas é bem justo e enorme pra um hatchback. Me causou estranheza o painel do cofre do motor, onde ficam aparafusados os faróis e a fechadura do caput. Ele é segmentado em 6 partes unidas por parafusos. Sua chapa é um pouco frágil. Quem tem mania de se apoiar ali para olhar o motor e fazer alguma manutenção pode entortar a chapa se fizer um pouco mais de força. A vantagem de ser segmentado é que, em caso de colisão, pode-se trocar somente o segmento afetado e manter os demais. Só espero não precisar apertar esses parafusos com frequência.
Fiz o teste em um modelo ACT. "Ganhei" o jogo de tapetes tipo carpete com logo da Chery de presente. Protetor de cárter eu paguei. Foi R$ 190. Não achei caro! Também ganhei R$ 100 de desconto no emplacamento por ter feito o pagamento à vista. Como o Novo Celer HB ACT Branco não tinha na loja, tive de encomendar. Prazo de 20 dias pra entregar. Vamos ver se cumprem. O gerente conversou comigo. Disse que a ordem agora, com o fim da greve, é botar o carro na rua. Por isso abaixaram o valor de todos os veículos. Paguei R$ 39.990 no HB ACT com pintura sólida. Achei o preço bom pelo que o carro oferece.
A tendência agora é vermos mais Celer rodando por aí. Vamos ver se a logística ajuda e eles consigam entregar logo os carros. Mas pesquisem e pechinchem o valor, pois nem toda concessionária estava oferecendo o Celer a esse preço.